segunda-feira, novembro 28, 2005

Greve na Escola

Editora FTD. Para pré-adolescentes. Aventuras e descobertas do princípio da adolescência. Que faria você, se sua turma estivesse às vésperas de uma decisão de campeonato de vôlei da escola, e a melhor jogadora fosse suspensa da aula de ginástica (e do jogo)? No livro, as meninas resolveram fazer uma greve. E os meninos ficaram solidários. Só que a greve delas foi atropelada por uma greve dos professores da escola pública, e tudo se confundiu. Acompanhe os lances lendo GREVE NA ESCOLA.

Trecho:

"Depois que todos saíram, não demorou muito e entrou na sala a orientadora da escola. Era uma mulher baixinha, de cabelos grisalhos, que as meninas raramente viam. Chamava D. Alcina e tinha uma cara meio de tia-avó da gente. Veio pisando leve, puxou a cadeira mais para perto das meninas, sentou e começou a falar com uma voz muito mansa:

-Minhas filhas, eu queria ter uma conversa com vocês. Vocês hoje fizeram uma coisa muito feia com a D. Araci. Ela não é boazinha com vocês? Não está ensinando vocês a jogar vôlei, e até preparando um campeonato entre as turmas? Vocês não gostam disso?

- Gostamos - responderam várias vozes.

- E então? Por que fazem uma desobediência, em vez de cooperar com ela?

- Mas nós queremos cooperar! - respondeu uma lá de trás.

Todas as colegas viraram espantadas. Era Isabel que falava. Ela continuou:

- Por isso mesmo é que a gente quer a Sílvia jogando conosto. Pra podermos jogar direito. Ninguém sabe cortar feito ela. Sem ela, a gente afunda nesse campeonato.

Outras vozes concordaram:

- É mesmo, D. Alcina. A gente afunda.

Do outro lado da sala, Beatriz acrescentou:

- As meninas da manhã têm a Dora... Elas vão arrasar a agente!

- Vai ser um arraso! - outras vozes confirmaram.

D. Alcina fez um gesto de acalmar. E continuou com aquela voz de tia-avó:

- Mas então? Por que vocês não treinam bastante em vez de ficarem paradas?

- Sem a Sílvia?! - protestou Isabel.

- Minhas filhas, o que vocês estão querendo é impossível. Sejam razoáveis. A diretora já decidiu que a Sílvia e a Vera estão suspensas do campeonato.

Aí Zulma levantou:

- D. Alcina, a gente agradece muito à senhora, mas nós também já decidimos que sem a Sílvia e a Vera não vamos voltar pra ginástica."

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A Revolta das Bruxinhas

Este livro, atualmente na editora Dubolsinho, de Sabará, MG. é para meninos e meninas de 7 a 9 anos. Conta a história de bruxinhas (bonecas de pano) que se revoltam por não serem tão bem tratadas como as outras bonecas, bonitas e compradas em lojas. A aventura delas é também vivida por duas meninas que, tendo pedido à Fada das Bonecas para ir visitar a Terra das Bonecas, são transfomadas, por uma noite, em duas bruxinhas pretas. A história é engraçada e cheia de lances emocionantes entre meninas, meninos e bonecos.

Trecho:

..." o quarto ficou de novo iluminado - e lá estava a fada outra vez!

- Li a carta de vocês - disse ela sorrindo. - Estão me pedindo uma coisa difícil... Mas, já que descobriram o segredo das bonecas, vou fazer o que me pedem, se vocês me prometerem...

- Prometemos, dona Lúcia! - exclamaram as duas bem depressa, quase sem voz de tanta emoção.

- Vocês têm de prometer que não vão contar nada disso a ninguém - a ninguém, estão ouvindo?

- Estamos.

- E que vão proceder muito bem na Terra das Bonecas, e - prestem atenção! - não podem trazer coisa alguma de lá!

- Prometemos, dona Lúcia!

- Muito bem. Mas, para ir lá, vocês terão de ser transformadas em bonecas...

- Em bonecas?!

- Não se assustem, porque é só por esta noite. Depois voltarão a ser como antes.

E tomando a varinha de condão:

- Estão prontas? Como vão querer ficar?

Silvinha não precisou de tempo para responder:

- Eu quero ser uma bruxinha como a Brígida!

Vera olhou-a espantada:

- Como a Brígida, Silvinha? Logo uma bruxa?

- Vera, não seja boba! Eu já conheço esse negócio. É muito melhor ser bruxa do que uma boneca grandona, bonita, com cabelo e tudo - mas parada, sem uma idéia boa!

- Está bem, então eu também quero ser bruxa... - disse Vera, ainda meio desconfiada.

A fada suspirou:

- Se uma Brígida já me deixa quase doida, imagino três! Mas seja, é só por uma noite.

E bateu a varinha de condão nas meninas."

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